Acho que o caso ilustra um pouco do que eu penso sobre essa história de responder ao contexto. E não acho que isso se restrinja a diferentes sociedades ou mentalidades apenas. Acho que isso diz respeito a diferentes realidades. Cada realidade que se apresenta diante de nós nos exige respostas. Exige respostas acertivas que nem sempre estamos aptos para dar. Até o não responder é uma resposta.
Eu fui criada em uma família em que minha mãe e avó me ensinou muito. Aprendi que era assim. Mas não só isso: aprendi desde pequena que a gente não pode depender de outras pessoas, especialmente em caráter definitivo. Se você não se profissionaliza, se não está no mercado, nunca esteve ou saiu a muito tempo, nem sempre é simples voltar. A razão é simples: os desafios aos quais você deve responder mudam o tempo todo. A sociedade também muda o tempo todo. Hoje a sociedade é líquida, os valores mudam, os relacionamentos não são pra sempre. Então, independente de ser homem ou ser mulher, você tem que se virar. Esse é o contexto para o qual eu respondo. Se o contexto certo seria as pessoas terem relacionamentos estáveis, longos e duradouros, prósperos, os pares se comprometerem uns com os outros, as famílias ficarem unidas (...) eu não sei. Não sei o que é o certo e o errado. Mas sei que, de novo, no meu contexto, as coisas mudam. E depender de outros não é só incerto, mas é cruel. Pra quê dar uma responsabilidade tão grande para alguém, como a SUA VIDA, se você é plenamente capaz de tomar conta dela? VC VEM ME PERGUNTAR QUANDO VOU SER MÃE AI E D+....

FALAR EM DINHEIRO
Dinheiro: talvez daqui um tempo eu mude de opinião de novo. Já pensei em dinheiro de várias formas, hoje eu penso que dinheiro é poder. É poder realizar o que você tem vontade, é viabilizar alguns sonhos e sensações, é decidir. Pode ser que apareça por aí alguém disposto a me sustentar a vida inteira, para eu viver de cuidar da família, ser maravilhosa e existir sempre a disposição. Me pague para ter tempo livre. Sei lá. Volta a discussão do tempo livre: eu lá quero mais tempo livre? Eu gosto assim. Não só de estudar, mas de aplicar o que eu aprendo, de ganhar meu dinheirinho no fim do mês como recompensa do que eu produzi. E aí, pegar o que eu produzi, e transformar no que eu quiser, porque é meu. Eu quero ser a fonte do meu prazer. Aceito com prazer que paguem algumas das minha conta como forma de carinho em uma relação. Mas não dou o poder de me dominar pra mais ninguém.